Prostestos violentos em fábrica de iPhones na China

By | 26/11/2022

Numa primeira instância, acreditou-se que as manifestações de centenas de trabalhadores da fábrica da Foxconn em Zhengzhou, China, estavam relacionados com falta de comida. No entanto, outros vídeos que surgem na rede social Weibo mostram que os trabalhadores reivindicam melhores qualidades de trabalho, melhores salários e o aumento dos benefícios que, alegam, demoram muito tempo a serem concedidos.

Num dos clipes, é possível ouvir os trabalhadores a gritar “Defendam os nossos direitos! Defendam os nossos direitos!” enquanto confrontam a polícia presente. Noutro, um gestor da fábrica é cercado por vários trabalhadores dentro de uma sala de conferências. Há mais vídeos que mostram agressões com bastões, tumultos em torno de carros da Polícia local e alguns testemunhos de protestantes que revelam que as refeições nunca são certas na fábrica e que há receios de que todos tenham contraído Covid-19 por estar a trabalhar na fábrica.

Como resposta à Covid-19, a Foxconn implementou um regime de circuito fechado, onde obriga os trabalhadores a morar e trabalhar dentro das instalações da fábrica, isolados do mundo exterior. Um grupo de defesa dos direitos humanos descreve à Reuters que “é agora evidente que a produção em circuito fechado na Foxconn apenas ajuda a evitar que a Covid se espalhe na cidade, mas não faz nada (e talvez até piore) as condições dos trabalhadores na fábrica”.

Esta instalação é a maior fábrica de iPhones do mundo, com mais de 200 mil trabalhadores e responsável por 70% dos aparelhos produzidos.

(Exameinformatica)