Zita Martins será a primeira portuguesa a liderar o grupo de trabalho sobre exploração solar da ESA. Orgulhosa, a astro bióloga confessa que sempre sonhou levar a “bandeirinha nacional ao mais alto nível”.
A astro bióloga Zita Martins foi convidada para liderar o grupo da Agência Espacial Europeia (ESA) para o aconselhamento sobre ciência e exploração do Sistema Solar. Será a primeira portuguesa a liderar esta equipa internacional de cientistas na ESA e não podia sentir-se mais honrada e orgulhosa.
“Tem havido um crescendo da indústria, são décadas de trabalho” e nesta altura, “Portugal dá cartas” nesta área, afirma Zita Martins, que sempre sonhou levar a “bandeirinha nacional ao mais alto nível”.
A partir de Janeiro e até 2026, a astro bióloga será responsável pelo grupo da ESA que vai avaliar as missões espaciais já aprovadas e propostas de planos futuros, por exemplo, de uma missão prevista para 2050, com o objetivo de estudar as luas geladas no sistema solar.
Zita Martins começou há 20 anos a trabalhar em missões espaciais e já participou numa missão japonesa, que trouxe para a Terra, amostras de um asteroide. Mas a astrobióloga já está envolvida noutras missões da ESA, que vão observar as atmosferas de 1.000 planetas extrassolares (Ariel) e recolher informação sobre um cometa que nunca se aproximou do Sol (Comet Interceptor).
Esta missão, Comet Interceptor, quer perceber, a partir de uma “amostra muito primitiva”, um pedaço de gelo que nunca se aproximou do Sol, “quais eram as condições iniciais do sistema solar, como uma viagem ao passado”.
Com a missão Ariel, “vamos estudar a atmosfera de mil planetas extrassolares”. Um trabalho que Zita Martins compara ao de “um detetive”. Estas duas missões têm lançamento previsto para 2029.
(TSF)