Pagamentos sem dinheiro devem valer 1,3 biliões de dólares este ano e quase o dobro daqui a 4 anos

By | 20/09/2023

As opções de pagamento mais modernas ganham cada vez mais expressão como alternativa física, mesmo face a opções desmaterializadas mais tradicionais. Em 2027 já devem pesar 30% num mercado de 2,3 biliões de dólares.

As notas e moedas são cada vez menos a opção para fazer pagamentos, tanto entre empresas como entre particulares e isso reflete-se no volume de pagamentos realizados por outras vias, que continua a crescer rapidamente. Este ano, o volume de transações sem recurso a dinheiro físico deverá ficar em 1,3 biliões de dólares, segundo as contas do Research Institute da Capgemini, refletidas no World Payments Report 2023.

Pagamentos sem dinheiro devem valer 1,3 biliões de dólares este ano e quase o dobro daqui a 4 anos

Nos próximos anos, a tendência continuará a verificar-se e em 2027 o volume de transações sem dinheiro deverá já alcançar 2,3 biliões em todo o mundo, a confirmar-se a previsão de um crescimento de 15% ao ano das alternativas non-cash. Na Europa a taxa de crescimento prevista para a utilização de meios de pagamento alternativos à moeda é de 10,7%, na América do Norte é inferior (6,5%) e na Ásia-Pacifico será superior (19,8%).

Em 2027, 30% dos pagamentos devem já ser suportados em soluções modernas, como os pagamentos instantâneos ou em tempo real, moedas digitais, carteiras digitais, pagamentos conta-a-conta e pagamentos com código QR. Os pagamentos com cheques, os débitos diretos, os cartões e as transferências a crédito deverão cair para 70%.

Capgemini - Pagamentos sem dinheiro
créditos: Capgemini

O interesse e adesão a pagamentos digitais é também uma tendência entre empresas, que procuram cada vez mais soluções idênticas às que estão disponíveis no retalho. Neste estudo, 63% dos inquiridos indicaram expectativas de que os seus bancos proporcionem uma experiência de pagamento com essas características já este ano.

Por seu lado, o sector dos pagamentos está condicionado pelos custos da conformidade com a regulação, a diferentes níveis, com impacto na capacidade de inovação. Os gestores dos bancos ouvidos neste estudo consideram que quase 80 % das fontes tradicionais de receita dos pagamentos estão sob pressão e que os prestadores de serviços têm de reequilibrar a abordagem entre os pagamentos de retalho e os comerciais. Mais de metade dos gestores de banca acreditam que os pagamentos comerciais têm maior potencial de lucro que os pagamentos do retalho.

 

O World Payments Report 2023 é baseado noutros dois estudos que abrangem dados de 17 mercados. Contou ainda com respostas de 355 diretores financeiros de grandes empresas e mais de 130 gestores de operadores financeiros.

(Teksapo)