Hyundai Ioniq 6 em teste: Eficiência acima de tudo

By | 06/07/2023

Ninguém pode acusar a Hyundai de ser aborrecida no design dos Ioniq. Se o Ioniq 5 já tinha um aspeto marcante e invulgar, o que dizer deste Ioniq 6? Durante os dias de teste ouvimos “adoro” ou, menos vezes, “odeio”, mas nunca o típico português “mais ou menos”.Este é um carro cujo design divide claramente opiniões. Sobretudo na traseira, que contraste muito com a frente. Enquanto na frente temos linhas mais minimalistas, a traseira está carregada de elementos, com destaque para as óticas criadas um grande número de LEDs e pelos dois spoilers. Apesar de, considerando a nossa experiência, o design ser polarizador, a verdade é que conseguiu convencer os jurados do World Car of the Year, onde o Ioniq 6 conseguiu, além do troféu principal, conquistar os troféus World Car Design of the Year e World Eletric Vehicle of the Year.

Apesar de ter um aspeto muito diferente do Ioniq 5, com o qual partilha a plataforma, motores e baterias, o 6 consegue, como o seu irmão mais velho, disfarçar muito bem a verdadeira dimensão do carro. Só quando nos aproximamos do Ioniq 6 é que nos apercebemos dos quase 4,85 metros de comprimento e da enorme distância entre eixos, que ajuda a maximizar o espaço a bordo. De facto, há mesmo muito espaço para os ocupantes, com destaque para lugares traseiros, que mais parecem de uma limusine à americana. E, apesar da traseira estilo coupé, não sentimos a cabeça demasiado próxima do tejadilho. Mas se o espaço a bordo impressiona, o mesmo não podemos dizer dos espaços para as bagagens: a mala traseira até tem uma boa área, mas é pouco funda, e a frunk (mala frontal) dá para os cabos e pouco mais. Há espaço q.b. para uma família, mas fica abaixo do esperado considerando a dimensão do carro. O que é, em parte, uma consequência de este ser um carro de quatro portas, em que o acesso à mala é limitado.